"Todas as almas nobres têm como ponto comum a compaixão."
( Friedrich Schiller ) Entre os vários dossiers que se encontravam por organizar, deparei-me com um recorte de um artigo de uma revista, cujo tema era a Compaixão. Já muito desgastado, mas carinhosamente guardado comecei a ler o artigo, com mais de vinte anos. Voltei novamente a guarda-lo, mas as suas palavras foram correndo a minha mente, a ponto de ficar a reflectir o quanto é actual e merecedor de uma dissertação.
A palavra Compaixão que tem origem latina, (compassione). Que pode ser descrita como a virtude de compartilhar o sofrimento do outro, entre outras definições. Assim, Compaixão significa colocar-se incondicionalmente ao lado do outro, sem ter qualquer tipo de julgamento. Contudo, não significa aprovar as suas razões sejam elas boas ou más, apenas propiciar o alívio da sua dor.
Ter compaixão é não ser indiferente frente ao sofrimento do outro. A compaixão distingue-se claramente da piedade, do amor e da generosidade, porque nela nos compadecemos junto de quem sofre. Por esse motivo poucos têm essa virtude, e poucos são os que têm vontade de a desenvolver, porque para ajudar os outros temos que ser acima de tudo íntegros , estar por inteiro, ter sentimentos, ter domínio da situação e inteligência.
Quando nos compadecemos da dor do outro, quando somos compassivos com alguém, algo inusitado acontece dentro e fora de nós. Poderíamos dizer que se estabelece um cordão energético positivo que envolve os intervenientes, trazendo felicidade. Por dar felicidade aos outros não diminuimos a nossa felicidade, podendo mesmo aumentar. A felicidade não é um recurso escasso. Enquanto nas coisas materiais dar, diminui o valor da existência, na felicidade dar, aumenta o valor da existência. Inversamente, ao pretender-se diminuir a felicidade dos outros, diminui-se a nossa própria felicidade.
Quando temos compaixão pelo próximo, sentimo-nos mais humanos, ou seja como nós mesmos. A dor do nosso semelhante é como se fosse a nossa dor, e essa forma de viver e de nos relacionarmos leva à misericórdia e consequentemente à elevação, desenvolvendo em nós qualidades humanas nobres, atingindo o verdadeiro sentido do que é ser Humano, e a nossa mais elevada humanidade.
Quando temos compaixão pelo próximo, sentimo-nos mais humanos, ou seja como nós mesmos. A dor do nosso semelhante é como se fosse a nossa dor, e essa forma de viver e de nos relacionarmos leva à misericórdia e consequentemente à elevação, desenvolvendo em nós qualidades humanas nobres, atingindo o verdadeiro sentido do que é ser Humano, e a nossa mais elevada humanidade.
A compaixão, é isenta de preconceitos de julgamentos e absolutamente universal, e a mais universal de todas as virtudes, pois ela exige de nós uma atitude, que sejamos actuantes e disponíveis. É uma atitude mental que não envolve amargura. No entanto, há situações em que não se pode ser passivo, e ter compaixão não significa que nos deixemos humilhar. Compaixão requer firmeza, e não envolve fraqueza, com muito amor no coração, por vezes é preciso manter o lugar da verdade e da dignidade.
Ela é opositora da crueldade e do egoísmo, porque quem cultiva tais sentimentos impede o desenvolvimento da compaixão no seu espírito. Alguns exemplos de compaixão ficaram marcados nas atitudes Cristo narradas na Bíblia, como um dos exemplos que passo a citar:" Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive de ti?(Mateus 18:33), em S. Francisco de Assis, Madre Teresa, e até do próprio Buda quando dizia:" O teu sofrimento é o meu sofrimento, a tua alegria a minha alegria", e de tantos outros seres humanos merecedores de tão nobre virtude.
Vale a pena lembrar, que a compaixão é um sinal de sensibilidade, uma aversão ao sofrimento alheio, um desejo pelo bem e felicidade do outro. Ser compassivo é estar em comunhão com o sofrimento. Diz um certo ditado:" Faz o teu bem com o menor mal possível a outrem". E para finalizar porque o tema é vasto, termino com uma citação de um mestre budista: " Ter compaixão é aliar amor e sabedoria".
Elly
Elly
http://www.ted.com/talks/lang/por_br/daniel_goleman_on_compassion.html
Que bela dissertação...pouco ou nada há mais para acrescentar.
ResponderEliminarFaço apenas o sumário...só um ser com elevado grau de altruísmo consegue esse sentimento tão nobre e tão diferente do sentimento de "pena".
Beijinhos miguinha e parabéns....Mu@@@@