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21 de novembro de 2010

Alma Serena





Alma Serena



Alma serena, a consciência pura,
assim eu quero a vida que me resta.
Saudade não é dor nem amargura,
dilui-se ao longe a derradeira festa.


Não me tentam as rotas da aventura,
agora sei que a minha estrada é esta:
difícil de subir, áspera e dura,
mas branca a urze, de oiro puro a giesta.


Assim meu canto fácil de entender,
como chuva a cair, planta a nascer,
como raiz na terra, água corrente.


Tão fácil o difícil verso obscuro!
Eu não canto, porém, atrás dum muro,
eu canto ao sol e para toda a gente.


Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas"

(Poema dedicado a minha grande amiga Rosa)







1 comentário:

  1. Todos temos um caminho a percorrer, e esse mesmo que nas paragens colhermos umas rosas, não devemos de esquecer que também temos o espinhos da roseira...

    Estou feliz por estar de novo activa.

    Beijos

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